Exames das mamas

Dra. Mila Miranda

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Exames das mamas

Mamografia: a queridinha

Frequentemente surgem discussões sobre a importância da realização anual da mamografia a partir dos 40 anos e sua relevância na redução da mortalidade por câncer de mama entre as mulheres, essa recomendação é apoiada pela Sociedade Brasileira de Mastologia e pela American College of Radiology.

Vários estudos e publicações tem como foco nesse tema, o UK Age trial, foi um trabalho que contou com a participação de cerca de 160 mil mulheres no Reino Unido, que foram acompanhadas ao longo de mais de duas décadas, todas tinham entre 39 e 41 anos, e foram separadas em dois grupos.
* O primeiro grupo incluiu 53.883 participantes que realizaram o rastreamento anual a partir dos 40 anos. A análise ocorreu até a idade de 48 anos.
* O segundo grupo contou com 106.953 mulheres para o grupo de controle, que só iniciou o rastreamento com mamografia após os 50 anos de idade.

Com esse cenário, os pesquisadores avaliaram a mortalidade por câncer de mama.

O estudo apontou que a mamografia a partir dos 40 anos pode levar a uma redução “substancial e significativa” de 25% da mortalidade por câncer de mama durante os primeiros 10 anos de acompanhamento.

De acordo com os pesquisadores, 83 mulheres do grupo que começou o rastreamento aos 40 anos haviam morrido por um tumor na mama. Isso após uma década de acompanhamento.
Já entre as mulheres que não passaram pelo exame de rotina, foram registradas 219 mortes. E nos dez anos seguintes nenhuma diferença significativa foi observada na mortalidade entre os grupos.
A redução das mortes foi atribuída à detecção precoce do câncer nos estágios iniciais, em que as chancer de cura são expressivamente maiores.
Além disso, o estudo afirma 18,1% das mulheres tiveram pelo menos um resultado falso-positivo. Mas os índices foram semelhantes nas duas faixas etárias: 40 a 49 anos e 50 a 69 anos.
Essa questão dos exames falsos positivos era uma justificativa dos grupos que não apoiavam a realização da mamografia anual em menores de 50 anos.
O estudo também observou que o tratamento do câncer de mama evoluiu desde quando a pesquisa começou, então “até pode haver menos espaço para o rastreamento para reduzir a mortalidade atualmente”.
A pesquisa britânica não foi suficiente para mudar as diretrizes das autoridades mundiais de saúde em relação à idade para o início do exame de mamografia. Mas, os pesquisadores afirmam que os resultados podem ser levados em conta para uma análise mais ampla e maior debate sobre o tema.
No Brasil, atualmente existe um projeto, com apoio da Sociedade Brasileira de Mastologia para que o Ministério da Saúde mude de 50 para 40 anos a idade de rastreamento pelo SUS.
Na saúde suplementar, as pacientes já podem fazer seus exames regularmente aos 40 anos. Não deixe de fazer o seu!

 

Ultrassonografia

O ultrassom das mamas e das axilas, são exames importantes para detecção de alterações mamárias.
De acordo com a Comissão Nacional de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), o ultrassom das mamas é um exame com indicação específica que tem por função apontar alterações que podem ser palpáveis ou indicadas na mamografia, bem como complementar a mamografia em pacientes com mamas densas.
É preciso que fique claro, que a ultrassonografia não substitui a mamografia e sim, atua de forma adicional, sobretudo em mulheres com mais de 40 anos.
A mamografia, tem suas imagens avaliadas muitas vezes após sua realização, visto que a imagem é estática e após a aquisição das mesmas, muitas vezes as paciente são liberadas pelas técnicas que realizam os exames. Já durante o ultrassom é possível realizar a avaliação das imagens em tempo real. O exame utiliza ondas sonoras de alta frequência, não causa dor, não é invasivo e também não utiliza radiação. É por isso não oferece risco para mulheres grávidas.

O exame é indicado para avaliar lesões palpáveis, lesões inconclusivas na mamografia, é muito útil para diferenciar nódulos, cistos, espessamento do tecido mamário, entre outras alterações.
A ultrassonografia mamária é recomendada também para diferenciar lesões sólidas e líquidas, durante processos inflamatórios e bem como no monitoramento de biópsias e punções.

Diferente da mamografia, não existe idade definida para começar realizar ultrassonografia periódica para população geral.
Mas pode ser usado como exame inicial em pacientes com menos de 30 anos de idade, grávidas ou no puerpério, com alterações no exame clínico da mama.
A ultrassonografia mamária é um exame que não necessita de preparo, podendo ser realizado tanto por mulheres como por homens.
A realização do exame também é muito rápida e simples, levando apenas cerca de 10 a 15 minutos, e o laudo com o resultado pode ser obtido em pouquíssimo tempo após a realização do exame.

No meu consultório, na Clínica Eredita, contamos com todo o equipamento necessário para a realização da ultrassonografia mamária que poderá ser feita durante a consulta presencial. Entre em contato conosco e agende seu atendimento, afinal cuidar da sua saúde deve sempre ser sua prioridade.

 

Ressonância magnética das mamas

A detecção precoce do câncer de mama tem sido possível graças aos métodos diagnósticos cada vez mais modernos e eficazes. Além da mamografia com a associação da tomossíntese e da ultrassonografia, outro exame confiável é o de ressonância magnética (RM).
Ele é indicado principalmente para as mulheres que têm alto risco de desenvolver câncer de mama, como método de rastreamento, e para pacientes submetidas à biópsia que tenham tido confirmado o diagnóstico da doença, pois nesses casos a ressonância fornece informações complementares sobre a área afetada.

Uma das principais vantagens da RM é sua alta sensibilidade, que chega a ser superior a 95%, o que possibilita a detecção de lesões muitas vezes imperceptíveis em outros exames.
A RM das mamas pode ser realizada em uma clínica especializada, em um laboratório ou no hospital. Algumas pessoas  com claustrofobia ou que têm medo de espaços fechados podem sentir certo desconforto ou até evitarem fazer o exame. Um enfermeiro ou técnico acompanha todo o exame de uma sala anexa.
De preferência, tente fazer o exame entre o sétimo e o décimo dias do ciclo menstrual, período em que as mamas estão menos inchadas e doloridas, para diminuir as taxas de falso-positivos.
Para realizar o procedimento, você deve se deitar de bruços e encaixar as mamas em dois orifícios localizados na maca. Uma vez que o seu corpo esteja corretamente posicionado, tem início o exame, que dura em média de 30 minutos a uma hora.
Os resultados são enviados em forma de relatório ao seu médico.

Ocasionalmente o exame pode apresentar um resultado falso-positivo, identificando os tecidos normais como preocupantes ou suspeitos. Isso pode causar uma ansiedade desnecessária ou até levar o médico a solicitar uma biópsia da mama. Por isso, apesar de uma exame super específico, não deve ser realizado como rastreamento para a população de risco habitual.

Dedico-me ao bem-estar feminino com empenho e compaixão. Estou aqui para trazer conforto e esperança, especialmente nos momentos mais desafiadores da jornada das mulheres.

CRM 144750 - SP • RQE Nº: 48786

Dra. Mila Miranda